Olá amigo da floresta,
Hoje trazemos-te uma história bem antiga... e achamos que vais gostar!
Talvez ainda não saibas, mas as árvores têm de crescer durante muitos anos, por vezes até séculos, para serem consideradas monumentais – uma atribuição dada quando uma árvore é muito antiga, rara ou até desenvolver uma forma diferente.
E assim chegamos à monumental “Oliveira do Mouchão” que tem mais de 3.350 anos. Com um tronco de 3 metros de altura, são precisas 5 pessoas para o abraçar. Pode não ser a mais alta de Portugal, mas é sem dúvida a mais antiga.
Pois bem, esta oliveira tão especial encontra-se na freguesia de Mouriscas em Abrantes e ainda produz azeitona. Aliás, diz a tradição local que os pescadores costumavam reunir-se à sua volta antes de irem para os barcos ou pesqueiros. O pescador que chegasse primeiro ao Tejo, podia escolher a melhor zona para pescar. Consegues imaginar?
SABIAS QUE...
Portugal foi um dos primeiros países europeus a criar leis para proteger as árvores monumentais, sendo a primeira de 1914.
Por norma, a copa das oliveiras é arredondada e pode atingir até os 15 metros de altura. O tronco, de tom castanho-acinzentado, vai ficando mais espesso com a idade.
Quando estão expostas a seca moderada, como acontece muito no Alentejo, as oliveiras param de crescer, mas continuam a fazer fotossíntese. Desta forma, acumulam reservas e conseguem aumentar as suas raízes.
O seu nome deriva do latim oliva, mas as origens da palavra vêm do grego elaia, que significa óleo. Já o azeite produzido através das azeitonas da oliveira que é tão usado na preparação dos nossos pratos, antes de existir eletricidade servia para iluminar as casas e as ruas, dentro de candeeiros.
Além da “Oliveira do Mouchão”, temos mais exemplares de árvores antigas no nosso país. Anota aí: uma tem 2.850 anos e encontra-se em Santa Iria da Azóia, depois há um exemplar com 2.450 anos em Monsaraz e no Algarve, mais precisamente em Tavira, a “Oliveira de Pedras D’el Rei” tem mais de 2.200 anos.
