Olá, amiguinho!
Que bom receber-te aqui no meu laboratório! Gosto sempre de ver que a tua curiosidade aumenta sempre que descobres mais sobre a nossa maravilhosa natureza.
Vamos falar sobre plantas? Sim! Deixa-me explicar-te: dois cientistas da universidade de Coimbra têm estado a fazer uma pesquisa muito interessante. Como sabes, o aquecimento global é um assunto muito preocupante que afeta a nossa e a vida de todos os animais e plantas. Quanto maior o calor, menor a humidade, tão importante para fazer florescer plantas que precisam de diferentes tipos de temperatura em diferentes fases de crescimento. Como tu, a comeres uma fatia de bolo cada vez maior e maior! Mas voltemos às plantas: quanto mais quente for a temperatura, mais difícil é para uma planta sobreviver. Tudo percebido, até aqui?
É agora que partilho uma grande curiosidade! Alguns cientistas inspiradores repararam que algumas espécies de animais são dispersoras. Palavra difícil, eu sei: significa que dispersam, ou seja, que espalham algo por diferentes sítios. E o que é esse algo? São sementes de flores!
E como é que eles tiveram esta ideia? Bem, a verdade é que o fazem sem saber! Muitas aves, coelhos e veados acabam por espalhar as sementes depois de comerem as plantas, espalhando-as através do cocó pelas zonas montanhosas por onde viajam. Como a temperatura é mais baixa (ou seja, mais fresca) elas conseguem nascer e crescer. Algumas sementes são sabichonas porque se agarram aos pelos dos animais e só largam quando não aguentam mais.
Isto significa que esta dispersão divertida que começa na barriga dos animais está naturalmente a combater os efeitos negativos do aquecimento global. Nem sempre é a melhor ideia: muitas das sementes que estas espécies levam até outras altitudes, nas montanhas, são tóxicas e não muito boas para os ecossistemas autóctones – é o que chamamos às plantas e árvores que estão em harmonia com os solos da região em que vivem. Não sabias, pois não? Agora já sabes!
