Olá amiguinho,
Hoje, quero falar-te de uma árvore muito especial: o salgueiro-branco. Costumamos chamar-lhe o ‘canivete suíço’ da natureza porque tem imensas utilidades e é um verdadeiro tesouro para quem vive perto dela.
O salgueiro-branco gosta de estar junto à água, nas margens dos rios e ribeiras, e pode crescer bastante alto, chegando a mais de vinte metros. As suas folhas são compridas e fininhas, verdes por cima e quase brancas por baixo – daí o seu nome. Mas o mais curioso é que, logo na primavera, antes de as folhas aparecerem, surgem as suas flores, chamadas amentilhos. São elas que fazem as minhas amigas abelhas ficarem tão felizes, porque oferecem pólen e néctar quando ainda há poucas flores por perto. Para os polinizadores, é como se fosse um banquete logo no início do ano.
Mas esta árvore não ajuda apenas os insetos! As suas raízes fortes agarram-se bem ao solo e impedem que ele seja arrastado pela água, protegendo as margens dos rios. Além disso, o ser humano também beneficia muito com ela. Há muito tempo que a casca do salgueiro é usada para aliviar dores e febres, porque contém uma substância que deu origem a um dos medicamentos mais conhecidos do mundo, a aspirina. E não ficamos por aqui: os ramos finos e flexíveis do salgueiro são usados para fazer cestos e outros trabalhos de artesanato, e a sua beleza já inspirou escritores, pintores e até músicos.
Viram como o salgueiro-branco consegue fazer tantas coisas ao mesmo tempo? É por isso que lhe chamamos o “canivete suíço” da natureza. Em outubro, quando as suas folhas começarem a mudar de cor, reparem bem nele e pensem em tudo o que oferece: alimento para polinizadores, proteção para os rios, inspiração para artistas e até cuidados para a saúde. Eu, como apicultora, sei bem a diferença que faz para as minhas abelhas, e é por isso que tenho um carinho especial por esta árvore maravilhosa.
