Pequeno explorador da floresta,
Certamente já me viste a vaguear pelo chão da floresta, sempre ocupada e muito concentrada! Mas será que sabes o que faço todos os dias? Hoje vou contar-te um pouco sobre a minha família, como nos organizamos e vivemos e como contribuímos para a saúde dos ecossistemas e das florestas.
Ficaste curioso? Pois bem, começo por te dizer que nós, as formigas, andamos por cá desde o período Jurássico. Isso mesmo, convivemos com os dinossauros, e os cientistas acreditam que somos biliões espalhadas por todo o mundo! Impressionante, não é?
Somos muito sociais e evoluídas, e nada é deixado ao acaso. Toda a nossa vida e sobrevivência dependem de uma sociedade muito bem organizada que, quando vista de perto, é bastante parecida com a tua, a humana. Não acreditas? Vê só: construímos cidades, dividimos tarefas e cooperamos entre grupos, cuidamos dos nossos filhos e dos doentes e cultivamos fungos. Movemo-nos como um exército e até fazemos guerras e rebeliões, num mundo estranhamente parecido com o teu, amiguinho!
Mas as proezas não se limitam à nossa sociedade. Somos essenciais para a biodiversidade, contribuindo para o funcionamento e equilíbrio dos ecossistemas. Podes encontrar-nos frequentemente em eucaliptais, porque consideramos que é um habitat rico em alimento e ideal para nos desenvolvermos. E, como gostamos de manter a nossa casa saudável, alimentamo-nos de insetos herbívoros, como as lagartas das árvores, que danificam as plantas. Assim, ajudamos a controlar e diminuir o risco de pragas.
Além disso, revolvemos e arejamos os solos, permitindo que a água e o oxigénio cheguem às raízes das árvores. Também fazemos compostagem, decompondo a matéria orgânica numa substância parecida com a terra, vital para o solo, e transportamos sementes, ajudando as plantas a propagarem-se.
E ainda temos algumas caraterísticas de super-herói. Somos como o Super-Homem, por exemplo, porque conseguimos carregar 50 vezes o nosso próprio peso. Somos fantásticas e muito importantes, não achas?
Agora que já sabes um pouco mais sobre a minha vida, da próxima vez que me vires, lembra-te que não sou apenas um inseto insignificante, mas um ser vivo que desempenha um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas!
Até à próxima.