Olá, amiguinho.
Sabias que no mar existem lesmas às resmas?
Tenho de confessar que, quando fico demasiado tempo dentro do laboratório e saio para relaxar, preciso sempre de fazer uma piadinha para ganhar um pouco de cor e luz. Muito como estes bichinhos de que vamos falar-te hoje.
Em primeiro lugar, é tudo verdade! Existem imensas espécies de moluscos ou lesmas do mar com nomes estranhos e divertidos, ora repara: Costasiella Kuroshimae, que parece uma ovelhinha, ou a Elysia Chlorotica, parecida com uma folha.
Estes bichinhos com um ar adorável têm um sentido de estilo muito único e, aos nossos olhos, parecem-se com coisas da natureza que já conhecemos. A forma como vivem é ainda mais interessante e curiosa: alimentam-se de algas sem nunca fazerem a digestão de uma parte chamada cloroplastas.
E o que é que isto significa, perguntas tu? Ora bem, as cloroplastas são a parte das algas que realiza a fotossíntese.
Como não as digerem, estas continuam a fazer a fotossíntese no interior das lesmas, iluminando-as.
Mas como é possível que algo que fica dentro de um corpo continue a produzir luz? Pois bem, descobriu-se há pouco tempo que as lesmas do mar e as algas têm um gene em comum. Por isso, é que esta curiosidade acontece!
Além do mais, as lesmas conseguem sobreviver apenas com os açucares que existem nas cloroplastas durante meses e meses. É uma espécie verdadeiramente iluminada.
E os corninhos de ovelha? São uns recetores gustativos, ou seja, funcionam como uma língua para saborear as partículas do mar e encontrar namorados ou namoradas. Quando decidem ter filhos, geram entre 2000 a 4000 ovos que chocam em quatro dias e rapidamente ganham a forma fofinha que tanto nos delicia.
E a melhor parte é que há muitas mais lesmas por descobrir e desvendar nos oceanos. Se alguma vez viajares para locais como o Japão, as Filipinas ou a Indonésia, procura-as! De certeza que será uma aventura inesquecível.